dedilhava delicadamente
de Saul a cítara e o sentimento
recedendo o outro espírito
ressentido
rasgando ao sair com garras
a pele pelo sumo divino esquecida
leves ficando os humores
por dedos leves
assovios harmônicos
impaciente e grave rosto
brando e suave formando
antipático demônio
de traços grosseiros
incitando à diva aversão cítara
pesado corpo real sacoleja
babas expelindo esverdeadas
revirando seus olhos
grossa voz sair da boca faz
impropérios e ameaças e gritos
dedilha mais suave
ao ouvido quase inaudível
seu corpo e suas mãos
em dança angelical
do possuído se afastam
a cair pelo próprio
nó das pernas difusas
um novo hino sai da minha boca
para enaltecer tua vitória
sobre toda força brusca e animal.
não precisas a esta ser igual.
basta a ti a leveza inaudível
de harmoniosos instrumentos.
a ti bastam mãos delicadas
dedilhando por tua inspiração
o silente som
Eu sou
Eu sou