por Lucas M. Carvalho
Com os rumores de um possível reboot de Matrix (já desmentidos pelo roteirista Zak Penn, que afirmou se tratar de um novo filme sobre o universo), as redes sociais infestaram-se de lamentações de fãs alucinados que não suportariam ver a obra original alterada por alguém que não tivesse o direito de fazê-lo. No entanto, a versão ocidental de Death Note, baseado no mangá escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata (que inclusive recebeu filmes live in action com atores japoneses), produziu opiniões divididas.
Nesse clima de dúvida quanto a tocar ou não em obras consagradas – mesmo com as sequências muito bem sucedidas de Star Wars e Mad Max – vale abrir espaço para falar sobre a retomada de clássicos do horror. Tratemos de dois casos recentes. Um deles é Bruxa de Blair (1999), que foi um marco em inovação por adotar o que seria chamado de found-footage, técnica exaustivamente usado depois em diversos filmes, como REC, Cloverfield Monstro e Atividade Paranormal. O outro é Evil Dead (1981), que é referência do horror gore, e conta a história de cinco jovens que vão passar o fim de semana numa cabana e acabam libertando demônios da floresta.
Há bem poucos anos, estes dois filmes foram revisitados. Evil Dead teve um reboot em 2013 e Bruxa de Blair um remake em 2016.
Naturalmente, a primeira reação a quaisquer obras que entram nesse impasse é promover uma comparação crítica. Mas preciso dizer, antes que se passe um rolo compressor de indignação, que estes dois novos filmes são bons. Conheça você ou não os originais, vale a pena assisti-los.
Bruxa de Blair conseguiu um raro equilíbrio entre manter o que funcionou no original, e atualizar para o que pode funcionar hoje. O cenário, as corridas desesperadas na floresta escura e os eventos horrendos sem explicação ainda são os mesmos. A tecnologia, porém, é atual: câmeras digitais pequenas, um drone, câmeras amarradas em árvores ou em tripés e câmeras posicionadas nas orelhas dos personagens. Tudo foi muito bem explorado, aumentando a perspectiva, criando situações novas, e que se encaixaram bem no enredo.
Evil Dead, talvez por estar mais distante temporalmente do original (mais de 30 anos), teve mudanças mais drásticas. O horror continua gore, exagerado, mas foram adicionados elementos de suspense e iluminação, que conceitualmente não existiam na época. Houve especial preocupação em fazer uma carnificina mais esmerada, mais convincente, o que tirou o aspecto trash e quase cômico da versão de 1981. Isso foi visto negativamente por alguns, mas foi uma escolha e uma aposta dos produtores.
Em todo o caso, como eu disse, gostei das duas versões. Você também deveria tirar suas conclusões. Sua opinião pode não ser muito diferente da minha.
Ainda não assisti o remake de Bruxa de Blair, farei em breve. Agora, com relação ao Evil Dead, eu gosto bastante dos originais…e a versão de 2013 também é sensa; já assisti tantas vezes que perdi as contas.
Abraços :”
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Olá, nandapensa
Penso da mesma forma: os originais de Evil Dead foram muito bons, e a versão nova, apesar de diferente, conseguiu se atualizar de forma perspicaz e resultou num bom filme de terror. Você vai gostar também da nova versão de a Bruxa de Blair.
Abraços!
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Assim que assistir, venho aqui comentar o que achei…
Abraços :*
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Adorei o post! Poderia seguir? Blog e Canal novo 🙂
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